domingo

Construir o virtual



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  • Esta discussão em torno do velho jornalismo e da novel blogaria que ocupa os fios invisíveis por onde flui os principais circuitos de poder global - já fora, de certo modo, antecipada pelo velho professor canadiano, o sociólogo Marshal McLuhan. Algumas pessoas que estudam a Sociedade da Informação é que se levam demasiado a sério e não olham para trás... Porque se olhassem veriam quão pequenos são. Na teoria e nos exemplos que dão. Pois MacLhuan foi o primeiro a alvitrar a construção dessa linha de retorno de informação - que agora potencia cada uma das caixas de sugestões da nossa alma, do nosso pequeno Pentágono, a partir do qual fazemos a guerra da paz ao Mundo. É um mundo estranho, este o nosso em que vivemos: por um lado, a blogaria diz-nos que devemos amplificar ao máximo essa caixa de sugestões mas, ao mesmo tempo, temos de a restringir de molde a conseguir particularizar as questões.
  • Na prática, para cada problema, numa determinada sociedade desenvolvida, deverá certamente existir uma ou duas pessoas que aí vêm um desafio. Um exemplo: imagine que o aeroporto da Portela tem um grave problema de segurança que permite, perversamente, a entrada de terroristas sírios e afegãos. Aí precisamos de um canal de retorno - que pode ser um simples blogue como este (que ainda nem sequer tem uma lista de blogues recomendados - e não contará, certamente, com o Abrupto (passe a Pub.) - porque nós, aqui, somos autênticos e encaramos o cinismo apenas como uma sub-escola filosófica) e não como um modo de vida, uma troca de favores. O tal toca e foge - citar para ser citado num calculo de custos-benefícios, onde os custos são certos e as vantagens incertas.
  • E precisamos dum canal de retorno - não para fazer obras de canalização em casa - mas para filtrar conhecimentos e sugestões a fim de pôr termo a essa suposta falha de segurança que ficou permeável aos terroristas que, se calhar, até confundiram o nosso País com Espanha, por um simples erro na interpretação dos mapas de escala ou por estupidez natural. Própria, aliás, dos terroristas, que se suicidam porque julgam que no céu são acolhidos por 12 virgens.. Pois se assim fosse, o Pinto da Costa, o Valentim Loureiro e o mais já há muito tinham dado um tiro na nuca... Ou dois, a fim de verem duplicados o número de virgens a avaliar pelas equipas de futebol que teriam de alimentar.
  • Eis a vantagem dos blogues. Extensões de canais de retorno de informação que consiste em criar mais redes de conhecimento por segmentos, que deverão aproveitar nucleos de conhecimentos específicos. Pois hoje foram os tais terroristas, amanhã pode ser o Pinto da Costa que resolve vir Portugal abaixo e ocupar o Terreiro do Paço. E se assim for estou pra ver como é que é.. Aliás, nesse quadro de futebolítica, só antevejo uma solução: chamarem o blogue do P. Pereira e darem-lhe umas mocadas com o baruppto, com dois "pp" para aleijar mais os arruaceiros dos futebol que têm convertido este rico e belo Portugal, cantado por Luís Vaz e narrado por Eça, num vale de meretrizes e em que as equipas nacionais conquistam menos trofeus e são cada vez mais pluricontinentais.

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E se de repente acordássemos... e constatamos que tudo isto, afinal, não passou dum pesadelo!?. Duma ilusão!? E que Portugal é, na realidade, um país de sonho em que vale a pena viver. Pelo sol, pelas praias, pela gastronomia e pelos elevados salários e bons padrões de vida - só rivalizando com as sociedades do Norte da Europa - e também pela hospitalidade e o mais que vem nos panfletos do ICEP - dizendo: vá para fora cá dentro... E o português médio um dia acorda, tropeça e bate com a cabeça no chão. Ao levantar-se apanhar o tal panfleto do ICEP. Apanha-o e ficar a saber que somos bons na arte da mentira. agora em versão publicitária. E fica com vontade de apanhar o vigarista que redigiu aquelas falsas notas, pois já nem se trata dos salários que são maus, é o sol que é incerto..