quarta-feira

Medina "sem" Carreira...

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  • A galeria dos sábios da nação. Há décadas que estes reformados da ditadura que encontrarm nova cama na democracia - andam por aí a debitar conselhos inúteis sobre tudo e mais alguma coisa. E da sua acção, directa ou indirecta, só achamos uma coisa: nepotismo, burocratização, atravancamento da economia dos serviços, empregomania, cunhismo académico etc e tal. São estes homens de antanho que partem as democracias e lhes ditam o certificado de óbito. Os mesmos que andam por aí, numa cadeia gerontocrática de uso e abuso do poder que parasitam... Tudo, pasme-se, pela mão do PS e do PSD... Isto mais parece o Portugal do Minho a Timor, irrrraa!!!
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  • A senhora do lado - presume-se que seja ou tenha sido a governante de Salazar. Se não é - é esposa de um restolho que agora não consigo identificar.

  • Aqui podes ver Medina Carreira a preparar-se para ensandoichar Portugal numa valente palmada...Aliás, ele é um homem tremendamente culto. Culto e sarcástico. É da velha escola do Salazar, do Adriano, do Veiga e de gente assim..., enquistada na democracia. Subvertendo-a umas vezes, pervertendo-a outras. São restolhos formatados no Império. Falam todos uns dos outros com tremendo desprezo. Hoje, quando os vejo na TV - tenho pena deles. E sabes porquê??? É simples: são uns inadaptados de democracia, mas convivem bem nela, sacando belos rendimentos ao Estado ajudando, por essa forma, também a agravar o défice. Enfim, eles são todos muitos cultos, muito inteligentes. Mas se fosse PM eu pagava-lhes para não os ter por perto - parasitando a economia, prostituindo-a. Dava-lhes mesmo uma mesada e enviava-os para o Brasil - para lá darem umas aulas sobre Pierre T. de Chardin, copiarem mais uns manuais de Ciência Política norte-americanos, Economia, finanças públicas, o Império colonial, a Constituição de 1933, etc e tal. Sejamos claros: esses homens são os verdadeiros entorces da democracia em Portugal. E o Medina, por mal comparado, até escapa ante a turba citada que hoje parasita o orçamento de Estado, vendo nele uma óptima manjedoura, como diria o pai do Miguel Sousa Tavares: o grande Tareco. Esse era mesmo um verdadeiro democrata democrata, e quando falava com as pessoas era educado. Falava com os olhos abertos... Pensa nisto!!!

Ruisinho:

  • Se eu mandasse proibiria o Dr. Medina Carreira de vir à televisão fazer previsões sobre o futuro deste país. Fico deprimido, angustiado, mal disposto. Servi o Estado na paz e na guerra por devoção e convicção no primeiro caso, e por obrigação no segundo. Cheguei a ir trabalhar com 3 costelas fracturadas (caí na casa de banho, de manhã, ao sair da banheira) por ter marcado uma reunião com o público utente (não clientes, esta palavra provoca-me, neste caso, repulsa) e durante mais de 2 horas falei com as pessoas sofrendo dificuldades de respiração, como é normal nestes casos. Mas elas estavam em primeiro lugar, eram os meus patrões e aquela era a minha obrigação que eu entendia de uma forma natural. Foi sempre esta a minha maneira de estar ao longo de mais de 40 anos e nunca entendi que por isso estava a fazer um favor ao Estado ou a quem quer que fosse e sei que não estive sozinho nesta caminhada de tantos anos.
  • E agora vem o sr. Dr. Medina Carreira, especialista em finanças, ex-ministo das ditas cujas, que nos diz sem qualquer espécie de hesitação, que se não formos mais longe nas medidas recentemente tomadas dento de 10 anos o Estado português está falido. E isto com as continhas todas feitas ali, nos papéizinhos que tinha à sua frente. Porque, de acordo com a opinião dele, o governo não quer fazer sofrer as pessoas e estava a referir-se às que estão ligadas ao Estado nas mais variadas situações. E fazia várias perguntas do mais pertinente :
  • Por que razão não se negoceia já a saída de funcionários públicos se estão comprovadamente a mais, uma vez que cerca de 60% do trabalho da administração pública está dirigido para dentro dela própria com nula ou reduzida vantagem para o público (fui testemunha desta situação). Às vezes apetecia-me gritar: deixem-me trabalhar (para as pessoas) . Como, se faz, de resto, nas empresas privadas?.
  • Por é que se pagam a cidadãos que trabalharam para o Estado pensões superiores à do Presidente da República ?.
  • Porque é que este país precisa de 308 Municípios? Neste momento, para uma população de 10 milhões de habitantes, para além de 540000 casas devolutas temos mais 100000 por estrear e sem dono e, pasme-se, temos zonas urbanizáveis previstas nos Planos Directores desses Municípios, para mais 40 milhões de pessoas (vide revista Visão nº638).
  • E continua ele a pôr questões:
  • Para que precisamos de uma Assembleia com 220 deputados? (olha que são mais, infelizmente, digo eu). A nossa democracia não funcionaria com 120 ?
  • Para que precisamos de 20 ministérios?. As funções do Estado não caberiam em 12?.
  • Para que gastamos tantos milhões em acções de formação profissional, muitas delas perfeitamente inúteis, (eu próprio fui alvo de algumas) transformando este sector num dos mais prósperos negócios deste país ?
  • Para que precisamos de uma Ota e de TGV se não conseguimos ainda resolver o IC 19 com os milhares de horas e de combustível ali gastos?
  • Sinceramente, não sei se haverá aqui algum exagero ou uma certa forma catastrófista de ver as coisas ou ainda uma maneira de chamar a atenção de todos nós para a gravidade da situação, mas o que é facto é que o ministro das Finanças que foi à TV prestar declarações se pronunciou de uma forma muito cautelosa, pesando e medindo cada palavra como se todo aquele terreno estivesse “minado”.
  • Será que ao fim de 8 séculos (olha que são mais, uns pózinhos...) de existência se vai provar agora que afinal não somos viáveis do ponto de vista económico-financeiro?.
  • Ou eu me engano muito mas foi precisamente isto que o sr. Dr.Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, nos disse caso não levemos muito mais longe a diminuição das despesas.
  • Vamos apelar à esperança e à confiança na protecção dos deuses e todos eles não serão de mais.
  • Xau . Um bom resto de tarde . Eu, entretanto, vou jogar ténis enquanto isto não abre falência.
Tio Quim
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